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Pessoas com deficiência denunciam falta de acessibilidade em agências bancárias

Rio, 18 de outubro de 2013               

Fazendo o mais que possível. O tempo todo com você. Feito para você. Compromisso com você. Perfeito para você. Bom para todos. Os anúncios publicitários das principais instituições bancárias brasileiras parecem sugerir um atendimento exemplar para todos os seus clientes e, portanto, também para os correntistas com deficiência. A realidade, por outro lado, é distante da anunciada nos slogans, a pessoa com deficiência precisa ultrapassar as barreiras comunicacionais, estruturais e arquitetônicas em agências de todo país.  O problema se torna ainda mais grave quando o próprio governo federal lança o Programa “BB Crédito acessibilidade”, mas nem o próprio Banco do Brasil garante em suas agências o pleno acesso para as pessoas com deficiência.

"A falta de acessibilidade compromete diretamente a independência da pessoa com deficiência, que precisa ficar dependente de terceiros para a realização de simples transações, como se sempre estivéssemos pedindo um favor para o outro", avalia João Carlos Farias, sociólogo do IBDD. Ele aponta a porta giratória como o principal entrave arquitetônico para o cadeirante. "Na maior parte das agências, sempre é necessário pedir a ajuda de algum funcionário para a entrada por conta das portas giratórias que impossibilitam o acesso. Muitas vezes, é preciso esperar um tempo enorme para que algum funcionário apareça para nos auxiliar", conta.

O acesso às edificações e serviços das instituições financeiras deve seguir os preceitos estabelecidos nas normas da ABNT. Entre as exigências estão os espaços e instalações acessíveis; os assentos de uso preferencial sinalizados; admissão e permanência de cão-guia para a pessoa com deficiência visual; sinalização tátil das teclas numéricas; tamanho, textura, espaçamentos e força de acionamento das teclas adaptados para a pessoa com deficiência visual; serviços de atendimento para pessoas com deficiência auditiva prestado por intérpretes ou pessoas capacitadas em Língua Brasileira de Sinais (Libras), dentre outros.

"Nunca encontrei um banco que disponibilizasse um intérprete de Libras. Já assinei contratos em que considerei ter escolhido a melhor opção por não ter entendido com clareza a explicação do gerente.", reclama Paulo Vieira, deficiente auditivo, que já entrou com processo judicial contra três instituições bancárias.

A advogada Priscilla Selares, deficiente visual, também aponta que poucas agências disponibilizam teclas em Braille e/ou dispositivos de áudio para acesso aos terminais de autoatendimento. “Já morei no Rio e em Porto Alegre, e os problemas são semelhantes. A maior parte dos caixas possui tela touchscreen sem fones de ouvido ou possui caixas eletrônicos sem teclas em Braille. Me incomoda bastante também o sistema de senhas de chamada para os guichês de atendimento convencional. Pelo display, não consigo saber quando é minha vez e para qual caixa devo me dirigir”, relata Priscilla.

"A pessoa com deficiência deveria ter o direito de acessar suas contas e realizar todas as operações bancárias da mesma maneira que os outros clientes sem deficiência o fazem. Isso sim é realmente estar presente na vida de seus correntistas, isso sim é ‘estar com você", conclui Paulo Vieira.

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